Os Animais da Horta

Escola EB1/JI Dois Portos (Torres Vedras)

Desafio: "Os Animais da Horta"

ANIMAIS BENÉFICOS/AUXILIARES
Espécie 1:

Ilustração:

Vantagens da sua presença na horta:
São insaciáveis no combate aos afídios como os pulgões que atacam a seiva das plantas.
Uma única joaninha pode comer até cem pulgões por dia!
A joaninha também é eficiente a combater ácaros, moscas da fruta, piolhos da folha e lagartas pequenas. Contudo, é preciso ter em atenção que não é só na fase adulta que a joaninha tem estes hábitos predadores. Mesmo na fase de larva, ela é bastante ativa e “esfomeada”.
Uma vez que a maioria das suas presas causa estragos às colheitas e plantações, as joaninhas destacam-se por serem benéficas pelos agricultores.
Há cerca de 4500 espécies de joaninhas que estão distribuídas por 350 géneros, distinguíveis pelos padrões de cores e pintas da carapaça. No nosso país, talvez as joaninhas mais comuns sejam a joaninha-de-sete-pontos (Coccinella septempunctata) e a joaninha-de-dois-pontos (Adalia bipunctata).

Formas de os atrair e manter:
Para atrair joaninhas deve-se plantar: endro, gerânios, funcho, coreópsis, angélica, cosmos, tanaceto, cominho, dente-de-leão, coentro, mil-folhas e/ou cenoura. Para termos um bom equilíbrio biológico na nossa horta, precisamos de muitos aliados.
Sem duvida que os mais importantes são os insetos. São os heróis com que contamos quando se trata da polinização ou quando as pragas atacam as nossas culturas.
Podemos ajudá-los nos períodos em que não estão ativos e precisam de ter condições para reproduzir-se e invernar. Nesses períodos eles procuram abrigo nas cascas das árvores, pedaços de madeira velha, folhas, etc. Para encontrar esses abrigos, eles por vezes afastam-se bastante da nossa horta. Quando precisarmos deles, podem levar tempo a voltar. O ideal seria criarmos condições para poderem ficar sempre na nossa horta. Mesmo nos períodos mais frios. Assim, quando precisarmos deles, já estão por perto para nos ajudar na luta biológica.
A melhor forma de conseguirmos isso, é instalarmos abrigos para inseto

Espécie 2:

Ilustração:

Vantagens da sua presença na horta:
As minhocas fazem um trabalho importante no solo da nossa horta. Não só é aconselhável preservá-las, mas também dar-lhes abrigo e até criá-las.
Existem dois tipos de minhocas: a do adubo, que é vermelha e tem até 8 cm de comprimento, e a da terra comum, que é maior e mais comprida, com uma extremidade achatada. Ambas vivem na camada superficial do solo (o que inclui os primeiros dez centímetros).
Dedicam-se a cavar galerias sem parar para encontrar comida: isto faz com que a terra seja ventilada, favorecendo a microfauna.
Os buracos que fazem, melhoram a drenagem do solo e a capacidade de reter as águas deixadas pela chuva.
Quando se tratam de solos argilosos, os vermes são os melhores para os descompactar.
As minhocas alimentam-se de nutrientes que depois descartam na forma de húmus: este é considerado um dos melhores fertilizantes naturais que existe. O húmus da minhoca multiplica por 10 a quantidade de potássio de um solo normal, sete em fósforo e cinco em nitrogénio. Também contém quantidades notáveis de cálcio e magnésio.

Formas de os atrair e manter:
Devemos evitar trabalhar a terra com ferramentas afiadas com lâminas afiadas (enxada, pá).
O calor e o frio fazem com que as minhocas desçam para as camadas de terra mais profundas. Por esta razão, é aconselhável preservar a humidade do solo.
Devemos ter cuidado com os inimigos dos vermes: toupeiras, sapos, pássaros e formigas. Se trabalharmos com vermicompostores, devemos certificarmo-nos de que as minhocas estão bem.

ANIMAIS PREJUDICIAIS
Espécie 1:

Ilustração:

Implicações/desvantagens da sua presença na horta:
As cochonilhas são pragas frequentes em pomares (aparecem frequentemente em pomares de citrinos) e provocam prejuízos diretos uma vez que sugam a seiva das plantas.
Devido a este ataque nas plantas, tornam-nas mais fracas e indiretamente, levam à produção da melada que excretam e da fumagina que também se desenvolve sobre elas.
As fêmeas da cochonilha-algodão dos citrinos (Planococcus citri) põem os ovos na Primavera nos órgãos mais tenros das árvores.
Destes ovos nascem larvas que se espalham pelos rebentos e folhas novas e se introduzem no cálice dos frutos, provocando a sua queda, sobretudo quando estes são ainda pequenos.
Muitas cochonilhas agrupam-se sobre os frutos, sobretudo nos pontos em que estes se encostam uns aos outros, formando massas brancas de “algodão”, donde pinga uma melada pegajosa sobre a qual se desenvolve a fumagina.

Formas de os combater:
Pode ser combatida com óleo de Verão ou introduzindo uma joaninha predadora (Cryptolaemus montrouzieri), que se alimenta das cochonilhas, acabando por reduzir as populações a uma presença insignificante

Espécie 2:

Ilustração:

Implicações/desvantagens da sua presença na horta:
É um inseto muito pequeno. Mede apenas 1 a 2 mm de comprimento e envergadura de aproximadamente de 3 mm.
Deve o seu nome ao facto de ter o corpo coberto por uma fina camada de pó esbranquiçado produzido por umas glândulas ventrais, mas no entanto por baixo deste pó o corpo é amarelo.
Gosta de climas mais secos e quentes.
Têm pelo menos 4 gerações anuais e uma grande capacidade de dispersão. Isto deve-se não só à quantidade de ovos, em média 200 por fêmea, mas também à ação dispersante do vento.
Danos
Pode-se dizer que a mosca-branca gosta de tudo. Alimenta-se de mais de 600 espécies diferentes de plantas.
Na horta, podem ser encontradas nos tomateiros, feijão, couves diversas, entre outras. Os adultos e as larvas abrigam-se na parte inferior das folhas.
Os danos causados são, além da sucção de seiva que enfraquece as plantas, também depositam toxinas que vão provocar um atrofiamento ou crescimento desigual dos tecidos vegetais.
A mosca-branca também secreta uma substância açucarada que permite o desenvolvimento de fumagina, um tipo de fungo escuro que impede a fotossíntese nas plantas.
Outro dano sério deve-se ao fato deste inseto ser um meio de transmissão de várias viroses com sintomatologia variada. Cerca de noventa doenças viróticas são transmitidas pela mosca-branca. Uma das mais conhecidas é o mosaico dourado que pode facilmente ser visto nos tomateiros e nos feijoeiros.

Formas de os combater:
Existem várias opções de tratamentos naturais para esta praga. Contudo, se a infestação for de grandes dimensões, é muito difícil eliminar por completo.
Assim, a prevenção pode impedir que possa atingir maiores dimensões. Para tal devemos destruir rapidamente as plantas que apresentem os primeiros sinais de doença.
Para eliminar definitivamente a praga devemos queimar ou enterrá-las. Também, devemos eliminar os restos de culturas que possam existir na horta.
Se for possível, criar na horta barreiras de vento em toda a volta ou pelo menos perpendiculares à direção predominante do vento. O objetivo é impedir ou retardar a entrada de adultos na horta pois a mosca-branca tem capacidades de voo limitadas.
Outra alternativa é utilizar plantas que formem barreiras como, por exemplo, o milho.

Memória descritiva:
 O trabalho de pesquisa foi efetuado, pela aluna, através do Google, consultando os seguintes links:
https://www.hortasbiologicas.pt/insetos-joaninhas.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaninha
https://www.planetahuerto.pt/revista/minhocas-da-terra-os-melhores-aliados-da-nossa-horta_00402
https://acientistaagricola.pt/cochonilhas-aprenda-a-identifica-las-e-a-combate-las-com-receitas-naturais/
https://www.hortasbiologicas.pt/pragas-mosca-branca.html
 Os desenhos foram efetuados pela aluna recorrendo à técnica do decalque. Coloriu com canetas de feltro e lápis de cor.