Escola EB1/PE e Creche de Santa Cruz

a nossa horta bio

saber mais sobre a nossa horta bio

Desenho/croqui da horta

1. Há quanto tempo existe uma horta na escola?

A horta existe há 7 anos.

2. Área aproximada da horta (m²)

A horta tem aproximadamente 144,46 metros quadrados.

3. Quem trata da horta?

3.1. N.º de professores envolvidos

3

3.2. Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta

As disciplinas que mais participam na dinâmica da horta são a Educação para a Cidadania, o Estudo do Meio e os Clubes no 1.ºCiclo, o Conhecimento do Mundo na Pré-Escolar.

3.3. N.º de alunos envolvidos

120

3.4. N.º de funcionários da Escola envolvidos

3

4. As famílias são envolvidas?

Sim

4.1. Como e com que frequência?

As famílias participam de diversas maneiras: trazem sementes e pequenas plantas (ornamentais e hortícolas) para a horta, trazem adubo natural proveniente das suas criações (vaca, cabra, coelho, galinha) e ainda borras de café que são acrescentadas no compostor. O entusiasmo manifestado pelos alunos em relação à horta é uma motivação para que as famílias participem ativamente, ao longo do ano letivo, com maior frequência no final do inverno e início da primavera, época das plantações.

5. Apresentar exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos

A existência da horta biológica é uma mais-valia para a comunidade escolar na medida em que funciona como um laboratório vivo, um complemento aos conteúdos ministrados em algumas áreas, principalmente no Estudo do Meio para o 1.º ciclo e no Conhecimento do Mundo para a Pré-Escolar. É uma forma de sensibilizar a comunidade em geral para as vantagens do modo de produção biológico, obtendo alimentos mais nutritivos e saborosos, mais saudáveis por não conterem pesticidas nem adubos químicos de síntese e, além disso, promovendo práticas sustentáveis a nível ambiental. A localização da horta, mesmo à entrada da escola, permite a sua visualização por toda a comunidade que, por diversas razões, se desloca à nossa escola. Proporciona troca de informação, valorização e partilha de saberes. As ações desenvolvidas naquele espaço também podem ser acompanhadas através da colocação de fotografias e da divulgação de informações no site e na página do facebook da escola.

6. Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?

A manutenção é feita pelas docentes responsáveis da horta com a colaboração das funcionárias (sobretudo nas interrupções letivas) e dos alunos, conforme a disponibilidade dos mesmos. Geralmente, uma vez por semana, no intervalo do almoço do turno da manhã, participam os alunos dos 3.º e 4.ºanos; quase diariamente, também no intervalo do almoço do turno da tarde, participam os alunos dos 1.º e 2.º anos; semanalmente, à quarta-feira, no intervalo da tarde participam as crianças da Pré-Escolar. As tarefas são distribuídas conforme as necessidades e de acordo com as competências e preferências dos alunos.

7. Como é feita a preparação do solo?

A preparação do solo é feita com a ajuda de diversos utensílios agrícolas: a foice para retirar as ervas, a enxada e o sacho para cavar e sachar. O adubo ou o composto é, por vezes, colocado antes das sementeiras, na preparação do solo antes da plantação das mudas ou posteriormente, durante o seu desenvolvimento, como no caso do chorume de urtiga, utilizado depois de diluído em água, para fertilização das culturas. Para algumas plantas como as cenouras, as beterrabas e os nabos são feitos “canteiros”, para outras como as semilhas, os tomateiros, o feijão e o milho usamos as “mantas” ou “regos”. Aproveitamos a palha da cana-de-açúcar para fazer o empalhamento das bananeiras, mantendo a temperatura e o solo húmido por mais tempo e diminuindo o crescimento de ervas. Também praticamos a rotação de algumas culturas, impedindo a propagação de certas pragas e permitindo um maior equilíbrio de nutrientes no solo.

8. É feita compostagem?

Sim

8.1. Se sim, como e com que materiais?

Temos um compostor onde são colocados diversos materiais, alternando os verdes com os secos. Aproveitamos as ervas arrancadas da horta, folhas e restos das hortícolas, a palha da bananeira e da cana-de-açúcar, as cascas, sobretudo das bananas consumidas nas refeições, a borra do café e outros materiais que pontualmente possam surgir. Este ano, como se estragou uma “caixa” para transportar o material de Educação Física, aproveitámos e temos mais um “compostor”.

9. Quais as culturas / consociações instaladas?

Podemos considerar a nossa horta dividida em duas secções. Numa ala predominam as aromáticas e na outra as hortícolas e algumas árvores. Temos diversas espécies de plantas aromáticas e medicinais: funcho, hortelã-pimenta e hortelã-de-leite, erva-anis, salva, erva-cidreira, canela-branca, santolina, macela, macela-de-cachopa, caninha, alfazema, menta, alecrim, manjerona, orégãos, manjericão, artemísia, segurelha, salsa e tomilho-limão. Ao fundo da horta temos uma planta de framboesa que agora começa a expandir-se. Na outra ala temos trigo, cenoura, nabos, couve, acelgas, beterraba, espinafres, alho, alho-francês, tomateiro, cebola, alface de diversas espécies, “semilha”, batata-doce, feijão rasteiro e feijão de vara, milho e inhame. Temos bananeiras, cana-de-acúcar e alguns maracujazeiros. Além de dois jacarandás e de uma amargoseira já existentes antes da implantação da horta, também temos uma amoreira. Tivemos ervilheiras e faveiras e aguardamos pela maturação dos tremoços para posterior secagem. Estas plantas, como leguminosas que são, contribuem para a fixação do azoto no solo, constituindo um excelente adubo verde. Em vasos temos alguns morangueiros que frutificam nesta época. Consociamos cebolas com alfaces e cenouras, milho com feijão, couve com alho-francês, tomateiros com cravos-da-índia, que neste momento estão disseminados por toda a horta, cumprindo a sua missão de afugentar pragas e atrair insetos úteis.

11. É feita recolha da água da chuva?

Não

11.1. Como é feita a gestão da rega?

A rega é feita manualmente, com recurso a uma mangueira, apesar de ter um sistema automático por aspersão. Chegámos à conclusão que, mesmo gastando algum tempo, conseguimos fazer uma maior poupança de água e ter uma maior eficiência em relação às necessidades de determinadas plantas. Sempre que possível a rega é feita no início ou no final do dia.

12. Monitorização de pragas e doenças

12.1. É feita monitorização de pragas e doenças? Como e com que frequência?

É feita a monitorização de pragas e doenças através da observação direta das plantas. Quase diariamente nos deslocamos à horta, não apenas com essa finalidade, mas aproveitamos para fazer essa monitorização.

12.2. Houve ataques de pragas e/ou doenças?

Sim

12.3. Se sim, quais e como foram combatidas?

Procedemos à recolha manual dos caracóis. Como o oídio surgiu na fase final da colheita não aplicamos qualquer produto para o combater.

13. Existem animais de criação ligados à horta?

Não

13.1. Se sim, que espécies?

No entanto, como temos uma amoreira, aproveitamos todos os anos para fazer a criação do bicho-da-seda que se alimenta exclusivamente com as folhas desta árvore. Deste modo, os alunos têm a oportunidade de observar o desenvolvimento desta espécie desde o seu nascimento até à postura dos ovos pelas borboletas, passando pelas diversas metamorfoses, o que suscita enorme curiosidade nos alunos. Recentemente, o avô de uma das crianças da Pré-Escolar trouxe dois peixinhos que foram colocados na horta num aquário improvisado por ele. Como complemento foi colocada uma planta aquática, enriquecendo a biodiversidade daquele espaço.

14. Assinale outras atividades que se realizam em torno da horta

  • Feira na escola
  • Confecção de sopas e outros pratos
  • Aulas na horta

14.1. Das que assinalou, descreva até três que considera mais significativas, referindo para cada uma o número de vezes que se realizou durante o ano, número de pessoas envolvidas, tipo de participação dos alunos, impacto na comunidade e outros aspetos relevantes:

Atividade 1

Descrição

Por ocasião da festa da família que este ano se realizou no dia 24 do mês de maio, o grupo responsável pela horta participou num mercadinho com uma bancada onde foram vendidos alguns produtos, nomeadamente raminhos de plantas aromáticas e medicinais, diversas hortaliças e ainda a cana-de-açúcar. Diretamente estiveram envolvidos três professores e seis alunos. Esta atividade permitiu divulgar alguns produtos oriundos da horta e angariar fundos que serão utilizados na compra de materiais para a sua manutenção, utensílios, algumas sementes e mudas de plantas.

Fotografias

Atividade 2

Descrição

- Diariamente são confecionadas infusões para consumo da comunidade escolar. Pontualmente, na época da colheita, os produtos hortícolas recolhidos são usados na confeção de sopas e saladas, nomeadamente, as ervilhas, as favas, as cebolas, acelgas, espinafres, alho-francês, batatas, beterrabas, bem como as alfaces e as cenouras. Este ano as semilhas (batatas) recolhidas foram cozidas separadamente e os alunos tiveram oportunidade de as provar. A cana-de-açúcar é geralmente apanhada entre o mês de maio e junho. É descascada e cortada aos pedacinhos para que as crianças a possam chupar, saboreando o doce sumo daquela gramínea. As bananas e os morangos quando aparecem são partilhados e degustados pelos alunos. Nesta atividade está praticamente envolvida toda a comunidade escolar, que de uma maneira ou de outra beneficia dos produtos cultivados na horta. Aproveitamos sempre para divulgar os benefícios da agricultura em modo de produção biológico.


Fotografias

Atividade 3

Descrição

Acompanhados dos seus professores/educadores os alunos/crianças fazem algumas visitas quando os temas tratados no Estudo do Meio ou no Conhecimento do Mundo estão relacionados com aspetos que podem ser observados na horta. Além disso, no âmbito de um projeto para dar a conhecer a Floresta Laurissilva, foram dadas algumas aulas na horta em que participaram quatro turmas, uma de cada ano de escolaridade, num total de quarenta alunos e respetivos professores. Entre outras atividades, este projeto pretende dar a conhecer algumas plantas endémicas, tais como o Massaroco, o Gerânio, a Estreleira e o Ensaião, espécies existentes na coleção de plantas da horta. Os alunos tiveram oportunidade de observá-las diretamente, identificar características inerentes a cada uma delas e, deste modo, ficarem a conhecer melhor estes exemplares da flora endémica madeirense, despertando-lhes o interesse e a curiosidade por este tema.

Fotografias

15. Outros aspetos de realce da horta

Na horta da escola fazemos questão de preservar a biodiversidade. Logo à entrada temos um conjunto de plantas ornamentais que, através das suas flores, atraem insetos úteis. São elas: os amores-perfeitos, o “arrozinho”, o junquilho, a boca-de-jarro, a calêndula, as frésias, a hortênsia, o gladíolo, a açucena, a gazania e o girassol. Também temos algumas trepadeiras na vedação da horta que, para além da beleza das suas flores, também nos oferecem perfumes singulares, como é o caso da roseira, da madressilva e da cidreira-do-brasil. Além disso, temos uma coleção de plantas endémicas em vasos, devidamente identificadas como o gerânio, o massaroco, a estreleira, a erva-redonda, a perpétua-de-são-lourenço, a losna, o ensaião e a doiradinha, com o objetivo de mostrar à comunidade a importância destas espécies únicas, de modo a que estas sejam conhecidas, valorizadas e protegidas.

15.1. Link para a página da horta

 

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Professor coordenador da horta: Cristina Maria Gouveia Pires