Escola EBI de Pedome

a nossa horta bio

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Desenho/croqui da horta

1. Há quanto tempo existe uma horta na escola?

Há um ano

2. Área aproximada da horta (m²)

Existem duas hortas (uma até 50 m quadrados e outra com mais de 50 metros quadrados)

3. Quais as motivações e objetivos na base da criação da horta?

Horta pequena:
No mundo globalizado a que assistimos recentemente e com as alterações dos estilos de vida, novos hábitos alimentares e de consumo se adquiriram, afetando grandemente a Saúde Pública. É a partir destas mudanças que se começa a fazer sentir o grave problema da saúde com que, atualmente, o mundo se debate. Em consequência, é de premente importância conhecer os hábitos alimentares das crianças dos 3 aos 6 anos com quem lidamos diariamente, a fim de podermos avaliar as situações e agir.
Nas últimas décadas tem-se acentuado a abordagem à problemática da alimentação nas escolas e jardins-de-infância, muito em particular devido ao aumento da prevalência da obesidade, mas outras doenças crónicas têm um peso significativo, como é o caso das doenças cardiovasculares, devido principalmente, ao elevado consumo de sal. Como este condimento é utilizado numa vasta gama de produtos alimentares e preparações culinárias nas cantinas e no meio familiar, constitui um perigo de natureza nutricional cujo consumo excessivo é um problema reconhecido como tendo um grande impacto em saúde, pelas doenças a que está associado (He & MacGregor, 2009).
No nosso País existe uma tradição de elevado consumo de sal, que faz parte da nossa cultura gastronómica e que, ao longo dos anos, foi contribuindo para a formação de hábitos alimentares e do gosto e que influenciam a forma como temperamos, preparamos e confecionamos os alimentos. Em simultâneo, também a indústria alimentar nos foi habituando a quantidades de sal ajustadas a esse gosto, o que contribui para que o consumo de sal seja excessivo, mesmo nas crianças mais pequenas. Ofacto de ainda vivermos num mundo cada vez mais globalizado e tecnicista, também contribui para que as crianças cada vez menos gostem de lidar com a terra e seus preparativos.
Intervir no ambiente e na oferta alimentar do pré-escolar, garantindo que esta seja adequada e segura para as crianças dos 3 aos 5 anos significa intervir sobre a oferta alimentar ao nível da população em geral. Neste contexto educativo, urge desenvolvermos pedagogias interventivas ao nível da saúde alimentar das crianças e suas famílias no sentido de aprofundar o conhecimento nesta matéria, considerando-se pertinente avaliar o risco de consumo de sal, bem como a perceção face a esse risco.
Com a realização deste projeto pretendemos conhecer a importância do sal nos hábitos alimentares das crianças em idade pré-escolar e suas famílias, da localidade de Oliveira S. Mateus – Vila Nova de Famalicão, estendendo-o, se possível no futuro, a todas as crianças da instituição educativa do 1.º ciclo.
Sendo assim, temos como principais objetivos os seguintes: Identificar processos de sementeira, adubação e colheita; conhecer pela degustação os diferentes alimentos cultivados bem como nomeá-los corretamente; compreender a importância de uma alimentação equilibrada para a saúde reduzindo o consumo do sal; adquirir conhecimentos e hábitos sistematizados e partilhados de trabalho em grupo; descobrir e apresentar ementas e condimentos inovadores/empreendedores, a partir de alimentos cultivados pelas crianças sem ou com menor adição de sal; desenvolver nas crianças um conjunto de competências na área do conhecimento do mundo, com incidência no domínio das ciências experimentais; desenvolver momentos de articulação pedagógica (Com o 1.º e 2.º CEB), interação e partilha com a comunidade escolar e educativa; desenvolver noções básicas de saúde alimentar paralelamente à educação Ambiental e pela arte e ciência; entre outros.
Realçamos o papel dos vários parceiros envolvidos no projeto, o seu contributo na concretização dos objetivos supracitados, na interação criada, nas descobertas proporcionadas através das experiências realizadas e nos conceitos transmitidos com vista à construção do conhecimento e mudanças de atitude face ao meio ambiente e saúde.
Com a operacionalização deste projeto pretendemos contribuir para a formação integral e harmoniosa de todas as crianças, e de cada uma em particular, propiciando momentos de aprendizagem contínua, alegres e felizes com iniciativas motivadoras, inovadoras e atualizadas encontrando resposta para a seguinte questão:
Em que medida os mateusinhos podem alertar para a redução/extinção do sal na alimentação?

Horta grande:
- Despertar o interesse dos alunos pelo cultivo da horta e conhecimento do processo de germinação;
- Fornecer nos alunos conhecimentos teóricos e práticos sobre a horta;
- Promover uma alimentação saudável com produtos biológicos, provenientes da agricultura tradicional;
- Fomentar a prática da horticultura tradicional ou biológica, dando a oportunidade aos alunos de cultivarem legumes, para a produção de uma sopa saudável;
- Construir noções sobre a alimentação e a agricultura, fundamentais para a sustentação de uma boa e correta alimentação.

4. Que aspetos denotam a originalidade deste projeto?

Horta pequena:
Este projeto constitui-se como um importante recurso na operacionalização das Orientações Curriculares para a EPE, numa das áreas centrais do currículo – as ciências experimentais, inseridas na área do Conhecimento do Mundo. Ao realçarmos paralelamente a outros conhecimentos ao nível da saúde e educação ambiental, procuramos realçar as finalidades da educação em ciências de base experimental, de forma a alimentar a curiosidade das crianças e estimular o seu desenvolvimento físico, cognitivo e emocional, tendo em conta situações do seu quotidiano (hábitos de vida). Noutra vertente complementar e pedagógica está a articulação dos conteúdos das diferentes áreas curriculares do pré-escolar (Linguagem Oral; Matemática, expressões (plástica, musical, dramática, motora), Novas Tecnologias de Informação e comunicação, abraçando uma variante pedagógica centrada em problemas.
Uma outra vertente pedagógica do projeto torna-se relevante ao sensibilizar para questões sociais e cívicas ligadas à sustentabilidade, eficiência energética, redução do consumo de energia, recuperação de água natural, combustagem; produção de condimentos sem sal à base de produtos (ervas aromáticas), entre outras. O facto de ainda ser efetuadas atividades lúdico pedagógicas que promovem o trinómio - ciência/tecnologia/ambiente, permitiu otimizar os recursos naturais e as potencialidades do contexto em estudo de forma interativa e eficaz.
Para a comunidade escolar e educativa em geral, o projeto contribuiu para uma imagem positiva acerca da ciência e das suas aplicações concretas em algo tão próximo do quotidiano como uma horta numa evidente motivação das crianças para a promoção de hábitos de saúde saudáveis, evitando comportamentos excessivos de utilização de sal. Acreditamos que a sensibilização e atuação desde cedo, na prevenção de doenças fatais provocadas pelo consumo de sal, podem ser prevenidas, desde as crianças em idade pré-escolar. Com este projeto contribuímos para a formação integral deste grupo de crianças, e de cada uma em particular, propiciando momentos alegres e felizes com atividades pertinentes, atualizadas e do seu agrado.
Tal como nos lembra Ottawa, devemos alertar pedagogicamente as crianças pequenas para a promoção da saúde como um recurso para o dia-a-dia e não como uma finalidade da vida. Segundo o autor supracitado, esta não é exclusivamente da responsabilidade do setor da saúde, mas exige estilos de vida saudáveis para atingir o bem-estar, sendo a alimentação uma condição e um recurso fundamental para a saúde (Carta de Ottawa, 1986), iniciando-se já desde a Educação Pré-escolar.
O projeto pretende ainda, alertar para a preferência da utilização de vários legumes, saladas e outros alimentos biológicos alternativo à condimentação com sal.

Horta grande:
A horta escolar constitui um instrumento de trabalho e aprendizagem do agrupamento. Nesta linha de pensamento, deu-se continuidade à horta escolar e à transversalidade de conteúdos/ saberes de diferentes disciplinas, de forma significativa, prática e contextualizada, inicialmente com alunos do CEI da educação especial e com alunos do 8.º B,depois com a turma do 1.º ano EB de Pedome, porque entende-se que o contato direto com a natureza e a terra, possibilita diferentes aprendizagens.
O contato com a terra, no preparo dos canteiros, na descoberta de inúmeras formas de vida que ali existem e vivem, na identificação das plantas, como no conctato com as sementes e na prática diária das plantas - semear, regar, transplantar, tratar e cuidar - são exercícios de aprendizagem, paciência, dedicação e perseverança, dentro de uma educação formal e informal.

5. Quem trata da horta?

  • 5.1. N.º de professores envolvidos: 7
  • 5.2. Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta: Todas
  • 5.3. N.º de alunos envolvidos: 143
  • 5.4. N.º de funcionários da Escola envolvidos: 6
  • 5.5. N.º de pais ou outros familiares envolvidos: 3

6. Como são envolvidas as famílias?

As famílias através de contactos formais e informais, participam fornecendo material para horta desde: sementes e plantas. A sua intervenção passou também por preparar a horta desde logo o início com sebes, pinturas, etc... Compram o produto final. Divulgam os produtos e as atividades resultantes e inerentes ao projeto.

7. Exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos

7.1. Apresentar exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos

Este projeto corresponde a um modelo de alimentação sustentável, ao dar continuidade à horta escolar, com plantas aromáticas, flores e legumes da região, permitir aos alunos, contactar com a terra, conhecer/ reconhecer diferentes plantas e a agricultura local, promover a cidadania global e o desenvolvimento de valores e fazer sopas saudáveis com legumes cultivados por eles ou embelezar a escola com as flores que florirem nos pequenos canteiros.

7.2. Anexos

8. Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?

Horta pequena:
Tudo é definido e planificado entre o grupo que participa, sendo as crianças os principais agentes de ação sobre a horta. Os grupos têm tarefas definidas, ajustadas, orientadas e supervisionadas pelos pelos adultos.

Horta grande:
A manutenção da horta é realizada na área curricular de Educação para a Cidadania, um aluno 6ºA que se voluntaria para tratar a horta a qualquer horta e com os alunos CEI, integrado no seu horário. Os alunos do 1º ano do 1º ciclo fazem manutenção da horta vertical.

9. Como é feita a preparação do solo?

Horta pequena:
Os solos são previamente fresados, retiradas as ervas e pedras e adubados com produtos provenientes do compostor.

Horta grande:
O solo foi fresado pelos Encarregados de Educação e o composto foi fornecido pelo Hidrofer (estrume de cavalo).

10. É feita compostagem?

Sim

10.1. Se sim, como e com que materiais?

O compostor está colocado ao lado da horta, foi construído com paletes em madeira e limitado por pedras provenientes da limpeza da horta. É colocado neste os restos alimentares das refeições e lanches das crianças à exceção dos citrinos.

11. Quais as culturas / consociações instaladas?

Horta pequena:
As culturas são: framboesas, morangos, fisális, tamarindos, ervas aromáticas como: tomilho, erva cidreira, hortelã, manjericão, coentros, salsa, orégãos. Couve galega, penca, coração, couve flor, bróculos, favas, ervilhas, feijão, pepinos e tomates.

Hortas grandes:
Couve galega, alho português, alface, tomate, pimentos, batatas, courgete, chouchou, maracujás, ervas aromáticas (salsa, coentros, cidreira, menta), morangueiros, morganheira (afastar a toupeira), couve roxa e repolho.

13. Como é feita a gestão da rega?

Horta pequena:
A rega é feita com regadores construídos pelas crianças, com aproveitamento da água da chuva armazenada em bidões e sistema gota a gota.

Horta grande:
É feita com regador e mangueira.

14. Houve ataques de pragas e/ou doenças?

Horta pequena:
Sim, piolho nas favas.

Horta grande:
toupeira.

14.1. Se sim, quais e como foi feita a sua monitorização?

Usaram-se urtigas e vinagre manipuladas em loco e em laboratório pelas crianças. As plantas foram pulverizadas e a praga desapareceu.

Plantando a morganheira.

15. Existem animais de criação ligados à horta?

Não

15.1. Se sim, que espécies?

16. Outras atividades em torno da horta

16.1. Refira outras atividades se realizam em torno da horta

Horta pequena:
Realizaram-se mercados abertos à comunidade onde se venderam produtos da horta. Houve um convívio com prova de sabores preparado com produtos resultantes da colheita da horta.

Horta grande:
Os alimentos são distribuídos pelos alunos mais carenciados e as plantas aromáticas usadas para infusões na escola para o ginásio.

16.2. Anexos

 

Publicado por: Escola EBI de Pedome

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Professor coordenador da horta: Marta Miranda