Escola S/3 Afonso Lopes Vieira

a nossa horta bio

Horta grande (superior a 50m²)

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Desenho/croqui da horta

1. Há quanto tempo existe uma horta na escola?

9

2. Área aproximada da horta (m²)

160m2

3. Quais as motivações e objetivos na base da criação da horta?

Motivação: aproveitamento dos espaços exteriores da escola.
Objetivos a desenvolver:
Colocar em prática a agricultura biológica;
Realizar a compostagem dos resíduos produzidos na escola;
Promover o cultivo da alimentos;
Colher produtos para venda para o projeto social da escola, que visa o auxílio às famílias mais carenciadas da comunidade escolar;
Utilizar produtos na confeção de alimentos em diversas atividades e na cantina em alturas especiais;
Desenvolver atividades com alunos de necessidades educativas especiais;
Cultivar espaços verdes "abandonados";
Desenvolver o espírito comunitário;
Investigar o funcionamento do ecossistema-horta;
Promover a interdisciplinaridade;
Dinamizar os espaços escolares.

4. Que aspetos denotam a originalidade deste projeto?

A horta biológica da ESALV está organizada em talhões que são anualmente postos a concurso a toda a comunidade escolar. Os interessados (alunos, funcionários, professores) inscrever-se anualmente e comprometer-se a trabalhar nos moldes da agricultura biológica, nomeadamente a utilização de consociações, quer entre culturas, quer com plantas aromáticas e o recurso a plantas companheiras e a plantas insetífugas/inseticidas na gestão de pragas e doenças. Podem usufruir dos produtos hortícolas, mas quando se fazem “mini-mercados” têm que contribuir com alguns produtos que são vendidos à comunidade escolar e que revertem a favor do Projeto Social da Escola.
Há a comemoração de dias especiais, como o dia Mundial da Alimentação. Há uma estreita colaboração e uma partilha de saberes entre os "arrendatário" dos talhões, ou seja, entre alunos, funcionários e professores de diferentes grupos disciplinares.

5. Quem trata da horta?

  • 5.1. N.º de professores envolvidos: 9
  • 5.2. Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta: Área de Integração, Português, Ciências Naturais, Biologia, Comércio, Fotografia, Educação Especial
  • 5.3. N.º de alunos envolvidos: 30
  • 5.4. N.º de funcionários da Escola envolvidos: 3
  • 5.5. N.º de pais ou outros familiares envolvidos: 2

6. Como são envolvidas as famílias?

Colaboram na dádiva de sementes, quando não são suficientes as do ano anterior. Fornecem algumas plantas. Há um elemento da comunidade que arranja canas para servirem de guia das plantas.
Um avô arranja estrume de coelho manso para servir de repelente aos coelhos-bravos.
Dão conselhos sobre a forma de cultivar, cuidar e até de plantar e apanhar os produtos hortícolas.
Colaboram também na rega, ao final do dia.

7. Exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos

7.1. Apresentar exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos

A horta colabora no Projeto Social da escola e é um local de referência a todos que nos visitam.
Os alunos respeitam o espaço e gostam de colher alguns morangos ou frutos de árvores como figueiras, damasqueiro, amendoeiras e nogueiras tendo sempre o cuidado de não danificar o lugar.
Este ano e, apesar de ser difícil conseguir a participação dos alunos mais velhos, temos alunos do ensino secundário a participar, de forma ativa, na horta.

7.2. Anexos

8. Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?

A horta está organizada em talhões. Após a atribuição dos talhões, no início do ano, é feita uma sessão de informação/formação aos detentores destes sobre agricultura biológica. Posteriormente, os responsáveis preparam o solo recorrendo a alfaias manuais disponibilizadas pela escola e utilizam o composto produzido pela escola. Por vezes, quando se justifica, a terra é fresada com o apoio de um funcionário, de um professor ou de alunos mais velhos. As tarefas são da responsabilidade do detentor de cada talhão, havendo uma escala de responsáveis para fazer a compostagem e para a rega ser feita a horas de menos calor, para evitar a evaporação da água. O grupo Eco-Escolas possui também um talhão, não sujeito a concurso, e preocupa-se em guardar sementes, dos anos anteriores, para depois fornecer algumas plantas aos participantes no trabalho. Há um professor que fica responsável por resolver ou encaminhar os problemas que por ventura se criem e há reuniões pontuais para acertar trabalhos.

9. Como é feita a preparação do solo?

Em Setembro, o terreno foi fresado com a finalidade de descompactar o solo e para enterrar alguns restos de plantas da cultura anterior e ervas que cresceram na horta durante as férias. O composto produzido na escola é ainda utilizado conforme as necessidades das culturas, em cada talhão ao longo do ano, principalmente no terreno de horta acrescentado no ano anterior que ainda está muito pobre. Os detentores de cada talhão são responsáveis pela preparação específica do solo quando fazem as culturas. Por vezes utiliza-se plástico preto para inibir o crescimento de ervas daninhas e proteger o solo, durante o inverno, da lixiviação de nutrientes e garrafões de plástico para proteger as culturas dos caracóis e dos coelhos selvagens.

10. É feita compostagem?

Sim

10.1. Se sim, como e com que materiais?

Existem 2 compostores em madeira e 6 compostores em plástico cedidos pela empresa ValorLis.
Os materiais são resíduos orgânicos da cantina, de origem vegetal, resultantes da preparação das refeições, cascas de fruta separadas pelos alunos e funcionários no final da refeição, resíduos do jardim recolhidos pelos funcionários da CERCILEI, folhas secas apanhadas no outono nos espaços escolares. A relva é deixada a decompor em sacos de plástico pretos e depois transferida para os compostores. Em cada dia da semana há professores e alunos responsáveis por encaminhar os resíduos da cantina para o centro de compostagem, acrescentá-los ao compostor e adicionar secos guardados para esse fim no outono.

11. Quais as culturas / consociações instaladas?

Culturas: alfaces, couves (Galega, coração, penca, brócolos, lombarda), ervilheiras, faveiras, pepineiros, pimenteiros, salsa, coentros, rúcula, morangueiros, curgetes, feijoeiros, aboboreira, espinafre, batateiras, cenouras, beringela, alho, cebola, nabiças, milho, alho-francês. Não se respeita muito as consociações estipuladas pela bibliografia, porque as culturas são arrancadas e substituídas por outras conforme o espaço existente. Contudo verificam-se as seguintes consociações: couve+ tomilho; ervilha+alho; alface+cebola; alface+alho; fava+cebola; milho+feijoeiro. Verifica-se a mistura de diversas culturas. Existem também várias plantas aromáticas num canteiro central da horta dos talhões a concurso onde são cultivadas plantas aromáticas, bem como em locais estratégicos das culturas. As plantas aromáticas/auxiliares/medicinais cultivadas são: alecrim, alfazema, calêndula, cravo-túnico, arruda, pelargónio, absinto, hipericão-do-gerês, caril, lípia-alba, salva, erva-príncipe, hortelã, vários tipos de menta entre as quais poejo, incenso, rosmaninho, santolina e erva-cidreira, tomilho, lúcia-lima, calêndula e gerânio. Temos ainda cebolinho.

13. Como é feita a gestão da rega?

Existem dois pontos de água. No início do ano há uma sessão de esclarecimento sobre a rega.
Esta é feita pela manhã ou ao fim da tarde para minimizar as perdas de água por evaporação. Existe um sistema rotativo de responsáveis pelos talhões para o fazer. Infelizmente a rega está dependente da água da companhia, por impossibilidade de ter um furo.

14. Houve ataques de pragas e/ou doenças?

Apenas somos afetados pelos caracóis.

14.1. Se sim, quais e como foi feita a sua monitorização?

15. Existem animais de criação ligados à horta?

Não

15.1. Se sim, que espécies?

16. Outras atividades em torno da horta

16.1. Refira outras atividades se realizam em torno da horta

Realização de “mini-mercados” de produtos biológicos, com os detentores dos talhões a contribuem com alguns produtos que cultivam. Parte do dinheiro reverte a favor do Projeto Social da Escola e outra parte é utilizado para auto sustentabilidade monetária da horta, como reparações de mangueira, de torneiras e compra de alfaias agrícolas. No final do ano elege-se a melhor horta (Concurso Horta Bio na ESALV) de acordo com regulamento feito para o concurso e entrega-se um diploma no dia Eco-ESALV e um pequeno prémio aos vencedores.
Fazem-se sessões práticas sobre a utilização das plantas aromáticas na alimentação (confeção de pão, infusões, estímulo ao uso de plantas aromáticas frescas como tempero) para alunos de diferentes níveis de ensino.
Venda, por altura do Natal, de plantas aromáticas cultivadas na escola e de frutos colhidos, das nossas árvores, pelos alunos.
Este ano, os alunos do 10º ano aprenderam a preparar azeitonas para alimentação.

16.2. Anexos

 

Publicado por: Escola S/3 Afonso Lopes Vieira

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Professor coordenador da horta: Ana Isabel Simões Rola