Engenho - Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Este

a nossa horta bio

Horta pequena (até 10m²)

 
  • A nossa âncora: queremos que este seja um projeto firme e bem cimentado na comunidade. Que esta âncora se fortaleça e dê abrigo à vida que junto dela florescerá!A nossa âncora: queremos que este seja um projeto firme e bem cimentado na comunidade. Que esta âncora se fortaleça e dê abrigo à vida que junto dela florescerá!
  • À espera de uma nova vida: aqui plantaremos alguns dos hortícolas que darão cor às nossas refeiçõesÀ espera de uma nova vida: aqui plantaremos alguns dos hortícolas que darão cor às nossas refeições
  • Talhão da futura Horta Biológica: este é o espaço onde dentro em breve nascerá a nossa horta biológicaTalhão da futura Horta Biológica: este é o espaço onde dentro em breve nascerá a nossa horta biológica
A nossa horta foi assim em fevereiro

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Desenho/croqui da horta

Há quanto tempo existe uma horta na escola?

A Horta D' Avó, nome atribuído a este espaço a céu aberto, tem poucos meses de existência.

Área aproximada da horta

Aproximadamente 10 metros. Estima-se que no próximo ano letivo se duplique para o dobro a área de intervenção.

Quais as motivações e objetivos na base da criação da horta?

A Horta D' Avó é um espaço há muito desejado por todos aqueles que vivem e convivem na Engenho. Espaço de partilha, aprendizagem, de cores e aromas, a Horta encerra em si uma multiplicidade de desafios e respostas a uma intervenção que se pretende integrada e potenciadora de novos conhecimentos. Ao abraçar o desafio da criação de uma Horta Biológica é intenção da Engenho promover uma maior proximidade das crianças, adultos e idosos com a terra e o solo. Envolver a comunidade na criação de um espaço vivo e interactivo, onde hortícolas, aromáticas e espécies animais convivam de modo interactuante constitui um dos objetivos que se pretende alcançar.

Que aspetos denotam a originalidade deste projeto?

A aprendizagem interactiva, a cumplicidade nas ações levadas a cabo, a presença da comunidade em tudo o que à Horta diz respeito. Esta constitui a missiva deste pequeno espaço em meio rural, onde para além de uma horta, é intenção da Engenho promover um espaço de partilha de saberes e sabores. Acreditamos que na Horta se reinventarão histórias e memórias, desabrocharão afetos e cumplicidades…
A criação de um charco e a existência de um pequeno banco de jardim, são apenas dois dos elementos que transformam este pequeno local em algo mais do que uma produção de hortícolas.

Quem trata da horta?

  • N.º de professores envolvidos: 7
  • Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta: Todas as respostas da instituição (creche, jardim, CATL e Centro de Dia) participam ativamente nas dinâmicas desenvolvidas
  • N.º de alunos envolvidos: 180
  • N.º de funcionários da Escola envolvidos: 19
  • N.º de pais ou outros familiares envolvidos: 60

Como são envolvidas as famílias?

As famílias foram envolvidas desde o inicio da horta. Numa fase inicial, solicitamos apoio técnico junto de agricultores em modo de produção biológico no sentido de verificarmos se o espaço destinado a esse fim seria ou não o mais adequado. Selecionado o espaço, realizaram-se Workshops de Compostagem em articulação com a Resinorte na qual se solicitou às famílias a cedência da matéria prima que viria a dar forma e corpo ao composto. Houve também lugar a formação em Agricultura Biológica (promovida pela Câmara Municipal de Famalicão) no sentido de uma maior sensibilização dos meios e procedimentos associados a esta forma de produção.

Exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos

A participação da comunidade na criação da horta tem sido um factor de destaque e primazia ao longo dos vários trabalhos desenvolvidos. A preparação do talhão, a cedência de camalhões por parte de uma carpintaria, bidões que foram transformadas em esculturas de jardim e que servem de depósito da água das chuvas (anteriormente perdidos numa vacaria), sementes e plantas que vivem e dão vida a um espaço colorido, tem sido mote de conversas e títulos de notas de imprensa dos jornais locais.

Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?

Garantir a existência de canteiros, devidamente organizados e bem cuidados, carece de uma equipa motivada e comprometida, motivo pelo qual foram desde logo envolvidas as educadoras, crianças, utentes do centro de dia e colaboradores dos vários sectores.
Aspectos relacionados com a logística do espaço são assegurados pelos colaboradores associados a esse fim; a rega é assegurada pelo colaborador com horário compatível com a realização da mesma (ao amanhecer e ao final do dia); manutenção e asseio dos canteiros é assegurado pelas crianças, idosos e colaboradores. Relativamente à articulação com a comunidade no âmbito da solicitação de meios, equipamentos, plantas bem como parcerias fica a cargo das pessoas ligadas à coordenação do projeto.

Como é feita a preparação do solo?

Numa fase inicial todo o solo foi revolvido a uma profundidade de 30 cm. Posteriormente e em articulação com a comunidade foi-nos cedido estrume de cavalo que foi depositado no solo, ali permanecendo alguns dias. A par disso, foi também adicionado, após sementeira e plantação composto de cavalo. Durante a fase de execução da horta é adicionado, caso se justifique, calda bordalesa ou outra composição biológica que garanta a vitalidade das espécies, sem prejuízo do solo.

É feita compostagem?

Sim

Se sim, como e com que materiais?

Ao abraçar o desafio da criação da Horta, solicitou-se desde logo à Câmara Municipal de Famalicão a cedência de um compostor que colocamos na horta. Posteriormente, teve lugar a realização de dois Workshops de Compostagem (em parceria com a Resinorte) e envolveram-se famílias e a cozinha da instituição para a recolha de aparas de hortícolas. O material castanho utilizado no processo de compostagem foi cedido, também ele, pela comunidade. A realização de camadas (verdes, castanhos), e monitorização do processo tem sido realizada pela educadora da Sala do Jardim de Infância. Neste momento, ainda não temos disponível composto para utilização na horta, encontrando-se em fase de maturação.

Quais as culturas / consociações instaladas?

Na Horta D' Avó crescem Brássicas (penca, galega, couve repolho); Solanáceas (tomate, pimento); Leguminosas (feijão, favas); Curcubitáceas (abóbora, corgete, pepino); Asteráceas (alface); Aliáceas (cebolinho, alho francês); Umbelíferas (cenoura, salsa); Quenopidiáceas (beterraba, acelga); outras (morango)
Todas as culturas foram instaladas tendo em consideração o quadro das Consociações favoráveis e desfavoráveis.

Como é feita a gestão da rega?

Este constitui um dos pontos de destaque no âmbito da criação da horta. No ano passado, em articulação com uma Escola de Belas Artes do Concelho "A Casa ao Lado," elaboramos uma serie de esculturas de jardim (feitas com bidões de plástico) - Abelha e Joaninha - capazes de recolher a água das chuvas que posteriormente seria utilizada no sistema de rega. Nesse sentido, a rega tem sido assegurada por um colaborador com recurso a regador e realiza-se de manha e ao final do dia.

Como é feita a monitorização e controlo de pragas e doenças?

A monitorização é feita diariamente. A Horta D' Avó tem-se assumido como um espaço ativo e interativo, diariamente visitado por colaboradores, idosos e crianças. Sempre que seja visível a existência de uma praga ou doença é comunicado e posteriormente aplicado o biopesticida mais adequado.

Existem animais ligados à horta?

Sim

Se sim, que espécies?

Existe um pequeno charco na horta, bem como caixas ninho (construídas com o apoio da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem).

Refira outras atividades que se realizam em torno da horta

A Horta D' Avó é, efectivamente, um espaço de partilha, histórias e memórias. Num ambiente de céu aberto realizam-se oficinas e workshops que têm na sua génese a promoção de uma cultura agrícola de respeito para com o ecossistema.
A título de exemplo referimos a comemoração do dia da Biodiversidade na qual foram envolvidas mais de 100 pessoas em torno da horta, com diversos desafios e missões: sementeiras, plantações, decoração de caixas ninho e esculturas de jardim. O restauro de uma cerca velha (que estava no lixo) e que agora serve de limite a este espaço cheio de vida foi também outra das atividades que muito alegrou as gentes desta casa.
A criação do charco e do seu guardião "o sapo cocas" foi outra das atividades levadas a cabo pelos pequenos petizes. À espera dos novos habitantes, crianças e adultos visitam com regularidade este pequeno nicho de biodiversidade.

 

Publicado por: Engenho - Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Este

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Professor coordenador da horta: Ana Isabel Mendanha Carvalho